O sistema de placas voltaicas entra em funcionamento em agosto e permitirá a redução de 70% dos gastos com eletricidade ao ano

A partir de agosto, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) começará a produzir sua própria energia. A instalação de um sistema fotovoltaico, com placas que transformam energia solar em elétrica, permitirá uma economia estimada de R$ 420 mil ao ano.Isso corresponde, atualmente, a 70% do total de gastos com energia elétrica de toda a Escola.

Esse resultado é esperado com o funcionamento das duas usinas já contratadas pela Enap. De acordo com os estudos realizados, elas poderão gerar uma potência estimada de 460 kwp (quilowatt pico), resultando em uma economia média de aproximadamente R$ 35 mil ao mês, considerando uma margem de defasagem.

“Vamos conseguir medir a efetiva economia e produção após seis meses de início de funcionamento do sistema''. Esses dados foram estimados pelo consumo e condições do tempo em Brasília em abril de 2021. As placas que adquirimos são potentes e nossa expectativa é de que com o funcionamento de três usinas vamos zerar a conta. E, ainda,  ter um crédito de energia”, informa o coordenador-geral de Logística e Contratos, Alysson Pinheiro.

Estão sendo investidos R$1,84 milhão na instalação de duas usinas e de uma estação meteorológica. Os contratos com a empresa MS Energia Limpa e Serviços Ltda foram assinados em dezembro de 2021 e preveem instalação e configuração, treinamento e serviço continuado que vai aferir o desempenho.

A expectativa é de que o retorno do investimento aconteça em, no máximo, 52 meses. Em junho serão instaladas a estrutura do sistema e a parte elétrica e, em julho, as placas voltaicas, para que, em agosto, tenha início a produção de energia. 

“Nosso objetivo não é simplesmente não ter que pagar pela energia que consumimos. Queremos reduzir custos, mas também gerar uma energia limpa, sustentável e renovável”, acrescenta Alysson Pinheiro.

Os equipamentos adquiridos permitirão que a Enap acompanhe o desempenho do sistema diariamente, com a expectativa de geração de energia - por meio de uma estação meteorológica -, com a efetiva geração e o consumo. “Vamos montar uma sala de controle onde esse acompanhamento será diário e acessível a todos os servidores”, acrescenta o coordenador-geral de Logística e Contratos.

Nos períodos em que a geração de energia superar o do consumo, a Enap ficará com créditos de energia que poderão ser utilizados em até 60 meses.

On grid

O sistema escolhido pela Enap é o chamado on grid. Conectado à rede de distribuição da concessionária, no caso a NeoEnergia, ele substitui ou complementa a energia elétrica convencional, disponível na rede elétrica. Por não possuir sistema de armazenamento autônomo, ele é mais eficiente e tem custo de instalação mais baixo. No on grid quando o sistema da Enap gerar mais energia que consome, o excedente será transformado em crédito junto à concessionária. E quando gerar menos energia do que a suficiente para o consumo, no caso de períodos chuvosos ou nublados, esse déficit é suprido pela rede elétrica tradicional. “Por sua configuração, esse sistema reduz as perdas por transmissão e distribuição da energia, comuns no sistema tradicional”, informa Alysson Pinheiro.