Nesta quarta-feira (18), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) sediou a cerimônia de encerramento do curso de formação da carreira de Analista de Comércio Exterior (ACE) no âmbito do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
Participaram do evento representantes da Enap, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e da Casa Civil, além dos 46 candidatos aprovados no CPNU para a carreira de ACE que concluíram o curso de formação — etapa obrigatória, classificatória e eliminatória do certame.
A formação inicial de ACE foi a primeira das cinco que estão sendo realizadas pela Enap para as carreiras estratégicas do CPNU. Seguem sendo realizados os cursos para os aprovados em Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG); Analista de Infraestrutura (AIE); Analista em Tecnologia da Informação (ATI), e Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS).
O Programa de formação inicial é um conjunto de atividades educacionais planejadas para capacitar e integrar candidatos e candidatas convocados para a terceira etapa do CPNU.
A formação inicial para o cargo de ACE teve início em 1º de abril e contou com a carga horária de 380 horas. As aulas foram presenciais, de segunda a sexta-feira, na sede da escola em Brasília.
A presidenta da Enap, Betânia Lemos, enfatizou que a formação oferecida aos candidatos e candidatas que atuarão em breve como analistas de comércio exterior “teve um cuidado especial de desenvolver uma visão sistêmica conectada com os desafios globais, mas sem perder o foco nas demandas do Brasil”.
“O curso de formação de vocês encerra hoje, mas, na realidade ele marca o início da carreira pública de vocês. A partir de agora, vocês serão protagonistas da transformação do Estado brasileiro. Essa é a grande responsabilidade de vocês”, destacou Betânia.
O secretário Extraordinário para a Transformação do Estado (SETE/MGI), Francisco Gaetani, ressaltou que, atualmente, o tema vinculado a carreira de ACE está "no topo da agenda global”.
“A entrada na esfera federal é difícil, uma entrada cheia de novidades. Não se esqueçam que vocês se esforçaram muito para estar aqui hoje. Do ponto de vista profissional, saibam que vão ter muitos desafios, pois existe uma discussão permanente no país, em todos os países”, refletiu Gaetani, que é ex-presidente da Enap.
Ainda durante a mesa de abertura do evento, a secretária de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República, Julia Alves Marinho Rodrigues, deu as boas-vindas aos futuros servidores realçando a responsabilidade de servir o Estado.
“Quando a gente decide ser servidor público, um dos motivos é esse: ver as coisas acontecendo. Isso porque a gente acredita que o nosso trabalho pode fazer a diferença para as pessoas, e pode fazer a diferença para a gente termos um país mais justo, mais igualitário, mais desenvolvido, mais produtivo”, ressaltou a secretária da Casa Civil.
“Neste curso de formação vocês tiveram a oportunidade de aprender com pessoas extremamente respeitadas. Tive a oportunidade de lecionar dois dias e meio e aqui falamos de importantes programas e políticas como a Nova Indústria Brasil (NIB), além do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e do plano de transformação ecológica, todos interconectados”, relembrou Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Durante o curso, a turma de ACE assistiu palestras de autoridades do Estado brasileiro em diferentes disciplinas. Neste período, os candidatos e candidatas participaram de aulas expositivas para apresentação dos conceitos e exemplos práticos, além de laboratórios de caso.
Carreira de ACE
Em 1998, tem início uma política de profissionalização da gestão governamental do comércio exterior no Brasil. Para isso, dentro do contexto da Reforma de Estado do ministro Bresser Pereira, foi criada a Carreira de Analista de Comércio Exterior (ACE) no ano de 1988, com as atribuições voltadas para as atividades de gestão governamental relativas à formulação, implementação e avaliação de políticas públicas de comércio exterior.
Os ACEs atuam em atividades que têm como meta a elevação do nível de competitividade e inovação da indústria brasileira, a ampliação dos investimentos e do volume do comércio exterior dos setores produtivos, com vistas ao fortalecimento da inserção internacional da economia brasileira e ao desenvolvimento econômico.