Em cerimônia na tarde de ontem (10) no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer deu posse ao novo ministro do Planejamento, Desenvolvimento Gestão, Esteves Colnago, que substitui Dyogo Oliveira, empossado na véspera como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.



Durante a solenidade, o presidente afirmou que as mudanças alteram a composição do Governo, mas não a qualidade da equipe. Lembrou que o Governo tem trabalhado a toda velocidade nas mais diversas frentes, sobretudo para recuperar a credibilidade das contas públicas e retomar o crescimento sustentado. "Hoje o país tem bases firmes, rumo ao crescimento e à geração de emprego e renda", assegurou.

Temer agradeceu a contribuição de Dyogo Oliveira pelo tempo que ocupou o cargo de ministro do Planejamento, com a certeza de que o trabalho terá continuidade na gestão de Colnago: "Esteves é um reconhecido especialista em administração pública, em contas públicas. Por isso, temos certeza de que desempenhará com imensa competência essa nova missão", disse o presidente em seu discurso.

Continuidade


Logo após a solenidade de posse, Estevez Colnago e Dyogo Oliveira participaram da cerimônia de transmissão de cargo na sede do Planejamento. Ao assumir o Ministério, Colnago reforçou o caráter de continuidade da gestão. 

Em seu discurso, mostrou a convicção de que o desafio não é pequeno, com uma economia em recuperação e situação fiscal que requer atenção. Daí a necessidade de manter as medidas necessárias para virar a página da crise e criar as condições para que o Estado volte a ser sustentável. "Muitas dessas medidas são tidas como duras, mas é preciso perseverar nesse caminho", assegurou.

Ele lembrou que tem consciência de que os órgãos púbicos precisam ter melhor definição de prioridade. "Com o teto do gasto não há como comportar obrigações com o uso de novas receitas. É preciso repensá-las e, em alguns casos, repriorizá-las", afirmou, defendendo um "orçamento mais gerenciável", sem o que diagnosticou como excesso de vinculações de receita e de despesas obrigatórias.

A força de trabalho também está entre as prioridades do novo ministro. "Hoje convivemos com mais de 300 carreiras, que têm tabelas de progressão e de remuneração absolutamente distintas, destoantes da iniciativa privada e com enormes amarras para transitar dentro do próprio Governo".

O novo ministro acredita que o Estado precisa voltar a se planejar, a traçar metas e a construir meios para alcançá-las. Para isso, será elaborado um Plano Estratégico para os próximos 12 anos.

O Ministério do Planejamento, em parceria com o BNDES, o IPEA e o IBGE, vai elaborar uma proposta, a ser submetida à consulta pública, para que se discuta o Brasil que se almeja em 2030, bem como, os caminhos para alcançá-lo.

"Precisamos sair desta armadilha de estarmos sempre ‘apagando incêndios'", opinou Colnago. "É preciso pensar o longo prazo, nos desafiar e acreditar que podemos alcançar os objetivos traçados", finalizou.

O novo ministro

Colnago é mestre em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília (UnB). Especialista em contabilidade pública, exerceu no ministério as funções de Diretor de Programa e Secretário-Executivo Adjunto.

Na Secretaria do Tesouro Nacional, desempenhou função de Analista de Finanças e Controle. Esteves é Analista do Banco Central do Brasil desde 1998.



Fonte: Minsitério do Planejamento
Foto: Hoana Gonçalves - Ascom/MP